globo visitas

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

mensagens preto velho

Mensagens de Preto Velho



Pai Jeronimo



Trabalho na linha de pretos velhos com esta maravilhosa entidade.

Um certo dia, ele atendeu de uma senhora que lhe veio consultar sobre um tumor nos seios, diagnosticado por uma mamografia.


Passes daqui, trabalhos dali, enfim, uma consulta normal…vela, erva, água…

Disse o preto:

- É mizim fia… Tá feito…mas num deixa de procurá o Homi de branco, dispois vem contá pro nego…nego vai ficá no toco esperando cunce vortá…


E saiu a consulente.


Numa próxima gira, estava lá o preto no toco e chegou a sua consulente, já na segunda parte do trabalho.


- Podi entrá mi zim fia, tava le esperano….


- É meu Velho, fui no médico sim…ele disse que o tumor sumiu, vai ver foi engano, o que a mamografia mostrou foi uma sombra de um queloide, que eu já tinha de cirurgia anterior. mas vim lhe agradecer, pois sei que o Senhor me curou..

Diga, meu Pai, o que o Senhor quer de presente, quero lhe agradecer…


Em nossa casa, as entidades as vezes ganham presentes, charutos, bebidas, mas não que peçam, porque as pessoas trazem em agradecimento mesmo, como deve ser em todo lugar.


Mas naquele dia o preto pediu…


- Me traga um bolo de chocolate, mi zi fia, suncê pode faze isso…?? Mais tem qui ser na proxima gira…eu num vô tá aqui, mas fala co caboclo chefe que ele manda mi chamá….


Todos estranharam, e eu mais ainda, passei a semana pensando naquele pedido, eu que amo bolo de chocolate, pensava comigo, Meu Velho…porque um bolo, Meu Pai…Até os filhos da casa acharam estranho e houve uma brincadeira ou outra…do tipo achando que iam comer o bolo….Alguém arriscou dizer que era a comemoração pela cura da mulher… Enfim…esperei ansiosa…Afinal…confio neles.

Em verdade torci para a mulher nem aparecer com aquele bolo…

Mas ela apareceu, e sentou na primeira fila, como tal bolo, todo confeitado de confetes coloridos.


Chegou o preto, com autorização do chefe do terreiro, que é Seu Serra Negra….


- Trouxe meu bolo, mi zim fia…

- Trouxe meu velho…


Então o preto levantou e disse que na assistencia tinha uma menina, de cor morena, que estava fazendo aniversario, 14 anos, e chamou-a.

Disse à menina:


- Mi zim fia, esse é presente que sunce pediu ao seu anjo da guarda, ele não pode vir, mandou o nego te entregar…


A criança marejou os olhos e saiu com o bolo na mão, sentar ao lado da mãe, que chorava muito na assitencia. Em 14 anos, nunca havia ganhado um bolo de chocolate….Nunca mais voltou, nunca mais vimos. E nunca esquecemos esta história.

Autor Desconhecido – Mensagem enviada por e-mail



Faz caridade fio, faz caridade fio!



Assim era as fala do negro Ambrósio através do

aparelho mediúnico que lhe servia de canal para fazer proseador.


Não era a primeira que aquele consulente ouvia esse

conselho do Pai Velho, já havia se passados oito meses desde o

primeiro dia que aquele senhor tinha adentrado ao terreiro, passando a

fazer parte da assistência, sempre voltando ao negro Ambrósio para

tirar suas duvidas.


Naquele dia ele estava decidido. Iria perguntar ao Velho

porque toda vez que falava com ele escutava o mesmo conselho? Será

que como espírito não estava vendo que ele já estava fazendo

sua parte?


Esperou ansioso a sua vez. Aquela noite seria especial,

seria diferente das outras, aquele encontro marcaria uma nova etapa no

caminhar daquele senhor.


Como sempre fazia, mais por repetição do que mesmo por

convicção, se ajoelhou diante do negro Ambrósio e foi dizendo:


- Benção vô Ambrósio, hoje venho lhe pedir uma

explicação para melhor entender o que o senhor me diz.


- Oxalá te abençoe meu fio! Negro Ambrósio fica feliz

com sua presença e gosta de fazer proseador com todos os fios que

aqui vem.


- Meu vô, como o senhor mesmo sabe já faz algum tempo que

venho a essa casa e falo com o senhor. Como já lhe disse não tenho

uma situação financeira ruim, ao contrário, nunca tive problemas

dessa ordem o que sempre me facilitou uma vida com fartura e bem-estar

desde a infância.


- Certo meu fio, negro Ambrósio já tem cunhecimento de

tudo isso que suncê falou.


- É meu vô, por essa razão gostaria de lhe perguntar

porque o senhor toda vez que fala comigo me aconselha a fazer a

caridade? O senhor não já sabe que faço isso todo mês

entregando gêneros alimentícios aos que estão carentes? Além

do que, na minha empresa mantenho uma creche para os filhos dos meus

empregados para que assim possam trabalhar com mais tranqüilidade.

Por isso gostaria que me explicasse o porquê desse conselho, dentro

da minha consciência cumpro com meu compromisso.


- É verdade meu fio, tudo isso que suncê falou pra negro

veio, faz parte de seu compromisso e fio cumpre direitinho sua parte.

Porém fio esse compromisso faz parte de seu social. Suncê alimenta

o corpo material que precisa de sustentação pra ficar de pé, pois

se não for assim fio tem prejuízo, só que o fio também

precisa distribuir o pão espiritual e assim fazer a caridade.


- Não entendi meu vô seja mais claro? Que caridade

espiritual é essa?


- É a mesma que esse meu aparelhinho faz aqui no terreiro.

Suncê precisa assumir sua condição de médium.


Espantado, disse o senhor: como é que é vô Ambrósio

o senhor está me dizendo que tenho compromisso com a mediunidade na

Umbanda é isso?


- É isso sim, meu fio. Suncê tem compromisso com essa

banda.


Ante as muitas verdades que ele já tinha ouvido, nunca uma

afirmação estava tanto a lhe remoer a alma. Como seria possível?

Achava bonito a Umbanda, gostava do cheiro das ervas e do cachimbo dos

vôs, mais daí então a ser médium era demais para ele.


Mesmo de forma acanhada buscando aparentar tranqüilidade

aquele senhor disse ao vô:


- Meu vô acho que há um equívoco, pois nunca senti nada

a respeito da mediunidade.


- Num sentiu porque se prende e que não quer dizer ou suncê

acha que nego veio não vê o companheiro de Aruanda que lhe

acompanha e que hoje está dando autorização pra fazer esse

conversado? Meu fio diz que gosta do cheiro das ervas e desse terreiro

- o que é uma verdade – mas o que fio não se vê é dobrando

o corpo para prestar a caridade, deixando assim que seu Pai Preto

também lhe traga lições para seu caminhar. Então meu fio,

enquanto suncê não entender, nego veio vai continuar repetindo o

conselho: faz caridade fio, faz caridade fio! Mesmo que tenha que

arrepetir isso por muitas veis, pois água mole em pedra dura fio,

tanto bate inté que fura. Olha fio! Eu tenho um compromisso moral

com esse companheiro de Aruanda que te acompanha e te agaranto que

não será de minha parte que não será cumprido. Pensa no que

esse veio te falou e dispôs vem prosear novamente, pois o passo de

veio é miudinho e devagarzinho, só tem uma coisa fio: o tempo

corre e espero que suncê queira aproveitar enquanto tá desse lado

de cá!


Aquele senhor se levantou da frente de negro Ambrósio sem

dizer mais nenhuma palavra, seria preciso tempo para digerir tudo que

ele tinha ouvido.


Oito meses se passaram depois daquela prosa, ninguém no

terreiro tinha visto novamente aquele senhor na assistência.


Era 13 de maio, gira festiva de preto velho, os trabalhos tinham

se iniciado. Negro Ambrósio olhava para a porteira do terreiro como

se estivesse a esperar por alguém e assim cantarolava “acorda

cedo meu fio, se com velho quer caminhar, olha que a estrada é longa

e velho caminha devagar, é devagar, é devagarinho quem anda com

preto velho nunca ficou no caminho”. Acostumados com a curimba os

filhos da corrente repetiam os versos sem perceber que naquele dia a

entonação estava mais dolente. Mais um filho de Zambi venceria uma

etapa, mais um seria libertado.


E foi olhando para a porteira que negro Ambrósio viu aquele

senhor adentrar no terreiro, com os olhos rasos d’água e de joelhos

se postar assim dizendo: Vô Ambrósio se é verdade que tenho

essa tal mediunidade aqui estou para aprender a fazer caridade, nesses 8

meses minha vida perdeu a alegria, relutei muito para chegar aqui

novamente e não nego que fugi por vergonha se ainda houver tempo…


Aquele senhor nem chegou a ouvir a resposta do negro

Ambrósio. Do seu lado já se encontrava um negro que de forma doce

e amorosa assim falou: Meu fio a quanto tempo espero por esse momento,

por esse reencontro. Vamos trabaiá meu fio nas bênçãos de Zambi

e na fé de Oxalá!


Diante dos filhos daquela corrente, aquele homem branco, de

olhos claros, quase translúcidos, alto, dava passagem nesse momento a

mais um preto velho e foi curvando aquele corpo que se ouviu a voz da

entidade assim dizer: Bendito e louvado sejam o nome de nosso Pai

Oxalá! Saravá negro Ambrósio! Pai Joaquim das Almas se faz

presente nesse Gongá!


- Saravá Pai Joaquim!


E daquele dia em diante mais um filho começava a sua

caminhada. Mais um chegava a corrente da casa. Mais uma estrela passou a

brilhar nos céus de Aruanda!


Saravá Preto!!!


A.D. Mensagem recebida por email.


O Preto Velho no Centro Kardecista




Dando início a uma destas reuniões mediúnica num centro espírita orientado pela doutrina de Allan Kardec, foi feita a prece de abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio, foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião.

Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos

necessitados, ocorreu o inesperado: a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito.

O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática

espírita, deu-lhe as boas-vindas, em nome de Jesus.

- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade, disse-lhe Dr.

Anestor.

O espírito respondeu:

- Boa noite, Fio. Suncê me dá licença prá eu me aproximá de seus

trabalhos, Fio?”.

- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor da mesa.

Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um

preto-velho, a entidade continuou:

-”Vósmecê não tem aí uma cachacinha prá eu bebê, Fio?”.

- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O Espírito precisa evoluir, completou o dirigente.

- Vósmecê num tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Fio.

- Ora, meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito

adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que

benefícios traria isso a você?

O preto-velho respondeu:

- Preto-véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos

médiuns não faz uso do cigarro, Fio? Suncê mesmo num toma suas

bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que

tem o seu Espírito que beberica `whisky’ lá fora, do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pitar aqui dentro, Fio?

Dr. Anestor não pôde explicar, mas resolveu arriscar: – Ora, meu amigo,

nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar os trabalhos de

Jesus. O preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:

- Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar.

Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura. Pouco depois, o Espírito continuou:

- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para donde vim, mas antes, Fio, queria deixar a suncês um conselho: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô’, tem gente coando mosquito e engolindo camelos.

- Cuidado, irmãos, muito cuidado. Preto-véio deixa a todos um pouco da

paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os

que militam nesta respeitável Seara”.

Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anestor ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar “daquela forma”, mas não houve resposta.

No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma

importante lição para todos meditarem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário